O climatério é a fase da vida da mulher que começa por volta dos 45 anos e se estende até os 65 anos. É no climatério que a mulher passa por uma série de transformações que se iniciam lentamente e em algumas mulheres sem causar nenhum sinal clínico.

Por volta dos 45 anos a mulher começa a engordar e a menstruação pode tornar-se irregular, com intervalos menores, em torno de 25 dias e duração e quantidade do sangramento menstrual maior, cerca de 7 a 9 dias. A pele vai tornando-se mais flácida e as rugas mais evidentes. Entre os 48 e 52 anos ocorre a menopausa, isto é, a última menstruação. E os calores tornam-se mais freqüentes.

O fim da menstruação representa não somente que a mulher não pode mais conceber, mas também que os seus ovários pararam de produzir o estradiol. A falta deste hormônio começa a provocar mudanças lentas e contínuas no corpo da mulher. A pele vai ficando mais atrófica e menos elástica, o osso começa a perder cálcio e o colesterol ruim começa a aumentar, a vagina pode ficar menos lubrificada e pode ocorrer alterações no aparelho urinário .

Felizmente este processo ocorre de forma lenta, e o organismo procura formas de compensar estas mudanças.

Como auxiliar nosso corpo, reduzindo o efeito destas transformações?

Toda a mulher deve saber que o seu organismo vai mudar, e isto exigirá que ela altere alguns hábitos para poder continuar a levar uma vida saudável.

A partir dos 40 anos a mulher deve reduzir a ingestão de calorias, não somente para não engodar, mas também para não piorar o aumentar ainda mais o colesterol ruim e predispor uma doença cardiológica. A ingestão de cálcio, frutas e verduras deve ser aumentada. Uma dieta leve várias vezes ao dia é melhor do que duas refeições pesadas.

Fazer exercícios físicos é o mais importante, pois somente desta forma ela poderá impedir a instalação da osteoporose, que aparece lentamente ao longo dos anos, incapacitando a pessoa em várias atividades, e principalmente causando fraturas, que posteriormente acabam levando ao óbito.

 

E o hormônio, quando iniciar e quem deve tomar?

A terapia de reposição hormonal está indicada para as mulheres que apresentarem os sintomas do climatério de forma intensa, tais como: fogachos, fraqueza, dores de cabeça, insônia, dores no corpo, irritabilidade, atrofia genital com infecções urinárias de repetição. Nestes casos pode-se administrar o hormônio ou por via oral, ou transdérmica ou mais raramente injetável e observar as melhora. Mas há um grupo de mulheres que não sentem nada, mas possuem antecedentes para a osteoporose. Nestes casos o hormônio poderá ser dado por períodos muito longos, pois com a idade a tendência a osteoporose vai piorando.

 

Mas toda mulher pode tomar hormônio?

Não.

– Mulheres com antecedentes de câncer de mama na família devem saber que um dos efeitos colaterais dos hormônios é favorecer o câncer da mama.

– Mulheres com antecedentes de varizes ou trombose não devem usar hormônios, pois a chance de desenvolver um trombo é muito elevada.

– Mulheres com problemas cardíacos também não devem tomar hormônio sem avaliação do cardiologista.

Por isto é muito importante antes de tomar qualquer tipo de hormônio procurar um médico, para saber qual é o melhor hormônio para o seu caso e quais os cuidados que você deve ter ao fazer a terapia de reposição hormonal.

Naqueles casos que a TRH estiver contra indicada existe outros tratamento alternativos.

Cada mulher deve ser avaliada individualmente e a decisão de tomar ou não o hormônio deverá ser conjunta: médico-paciente.

Nunca deve-se iniciar a TRH sem antes fazer o exame da mama, o papanicolaou e os outros exames necessários.

 

Conclusão

A terapía de reposição hormonal apresenta uma série de benefícios para a mulher, mas infelizmente ela apresenta vários efeitos colaterais que devem ser avaliados criteriosamente. Toda mulher que optar pela TRH deve ter em mente que o retorno ao médico deve ser obrigatório e no máximo anualmente, sendo que a mamografia torna-se um exame indispensável para a continuação ou não da TRH .

Como menopausa não é doença, mas as suas seqüelas podem piorar muito a qualidade de vida da mulher, a profilaxia e o tratamento das doenças decorrentes da ausência do hormônio torna-se uma ótima alternativa, para todas as mulheres que quiseram continuar a ter uma boa qualidade de vida, apesar da menopausa.